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Tiro ao Prato: reflexo, precisão e tradição olímpica

12 MAY 2025

Entre as modalidades mais instigantes do tiro esportivo, o Tiro ao Prato se destaca por combinar técnica, instinto e rapidez em frações de segundo.

Nessa prática, não basta mirar: é preciso antecipar o voo do alvo, coordenar os movimentos e disparar no momento exato.

A arte de quebrar pratos de argila em pleno ar exige disciplina, controle emocional e domínio absoluto sobre o equipamento.

Um esporte com raízes na tradição da caça

O Tiro ao Prato tem origem na simulação da caça de aves. Os discos lançados em alta velocidade representam essa herança, voando em trajetórias variadas que exigem raciocínio rápido e reflexos apurados.

Com cerca de 10 a 11 centímetros, os pratos são projetados para se fragmentar ao menor impacto, permitindo a verificação do acerto. A sensação de acertar um alvo em movimento reforça o desafio mental e físico que o esporte impõe.

Fossa Olímpica e Skeet: duas modalidades, múltiplos desafios

No cenário olímpico, duas modalidades definem o tiro ao prato: Fossa Olímpica (Trap) e Skeet. Ambas usam espingardas calibre 12, mas se diferenciam pelo padrão de lançamento dos pratos e pelas exigências técnicas.

  • Na Fossa Olímpica, os pratos são lançados em ângulos aleatórios a partir de uma máquina central, e os atiradores se revezam em cinco posições. Cada prato pode ser alvejado com até dois disparos, exigindo rapidez e adaptação a trajetórias imprevisíveis.

  • No Skeet, os pratos partem de duas torres laterais, cruzando-se diante do atirador, que se movimenta por oito posições fixas em um semicírculo. Aqui, o ritmo e a sequência dos disparos são mais controlados, mas igualmente exigentes.

A introdução de provas mistas nas Olimpíadas reflete o dinamismo do esporte e sua capacidade de renovação, integrando homens e mulheres em duplas competitivas.

Estrutura, equipamentos e legalidade no Brasil

As competições ocorrem em campos padronizados, com dimensões e trajetórias regulamentadas pela ISSF. O atleta utiliza espingardas de dois canos, adaptadas ao seu estilo e preferências, como peso e empunhadura.

No Brasil, é necessário possuir Certificado de Registro (CR) e Guia de Trânsito (GT) para transporte das armas, além de adquirir munições de fornecedores autorizados.

O domínio técnico sobre o equipamento é tão importante quanto o preparo mental do atirador.

Muito além da pontaria

A loja do Seals Clube e Escola de Tiro, de São Paulo (SP), aponta que o Tiro ao Prato é, também, um exercício psicológico.

A concentração precisa ser constante, e cada disparo carrega a tensão de um resultado imediato. O esporte desenvolve a tomada de decisão rápida, a consciência corporal e a autoconfiança, elementos úteis dentro e fora do estande de tiro.

Desde 1896, o Tiro ao Prato marca presença nos Jogos Olímpicos, mantendo-se como uma das modalidades mais tradicionais e emocionantes do programa esportivo. Hoje, é praticado em diversos países, por homens e mulheres que buscam desafiar seus próprios limites a cada prato lançado.

Para saber mais sobre Tiro ao Prato, acesse: 

https://ge.globo.com/olimpiadas/guia/2024/07/25/c-tiro-esportivo-regras-modalidades-historia-e-curiosidades.ghtml

https://www.olympics.com/pt/noticias/novidade-paris-2024-evento-equipes-mistas-skeet-tiro-esportivo


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