
Poucos nomes despertam tanto respeito dentro das Forças Armadas brasileiras quanto o de Marco Antônio de Souza, conhecido pelo codinome “Assombroso”.
Sua trajetória, marcada por disciplina, precisão extrema e compromisso com a ética militar, foi imortalizada em 2025 com o lançamento do livro “Eu, Minha Arma e o Alvo”, da Editora Rocco.
Escrita pelos jornalistas Nathalia Alvitos e André Moragas, a obra reconstrói a vida de um dos snipers mais eficientes e discretos do país, revelando os bastidores de suas missões e sua formação excepcional.
Do anonimato à elite das Forças Especiais
Nascido em 1964, no Rio de Janeiro, Marco cresceu em ambiente modesto, mas disciplinado, influenciado pelo pai, um ex-militar. Seu interesse pelas armas surgiu cedo, por meio de uma carabina deixada pelo irmão mais velho. Enquanto outras crianças jogavam futebol, ele praticava, sozinho, sua pontaria em terrenos baldios.
Aos 18 anos, ingressou na Brigada de Infantaria Paraquedista e rapidamente se destacou por sua habilidade incomum. Posteriormente, integrou o 1º Batalhão de Forças Especiais, tornando-se um dos poucos selecionados para o cargo de “caçador” — o sniper das forças brasileiras. Com treinamento de elite sob mentores lendários, Marco se transformou em um atirador de precisão quase infalível.
Precisão cirúrgica em cenários de guerra
Seu nome ganhou peso internacional durante a missão da ONU no Haiti, em 2006. Em meio a um dos períodos mais conturbados da história recente daquele país, Marco eliminou alvos com 100% de precisão, operando em zonas urbanas de alta complexidade como Cité Soleil.
Também esteve presente em missões de caráter humanitário, como o resgate de vítimas do terremoto de 2010, demonstrando que sua atuação ultrapassava o campo de combate.
Equipado com o fuzil Heckler & Koch PSG-1 e munição Lapua de alto desempenho, Marco atingia alvos a mais de 600 metros com precisão milimétrica. Sua marca registrada era a união entre técnica e responsabilidade: cada disparo era tratado como um último recurso, jamais glorificando a violência.
Legado e reconhecimento
Após se aposentar em 2013, Marco passou a se dedicar à formação de novos atiradores. Sua imagem é reverenciada até hoje no Centro de Instrução de Caçadores de Forças Especiais, onde é visto como um símbolo de excelência e ética militar. Mesmo longe da linha de frente, continuou influenciando gerações com sua abordagem centrada na disciplina e no respeito pela vida.
Recomendação da loja do Seals Clube e Escola de Tiro, de São Paulo (SP), “Eu, Minha Arma e o Alvo” vai além da narrativa de um guerreiro silencioso. O livro é uma homenagem a um homem que fez da precisão um caminho de proteção e honra.
Marco Antônio de Souza tornou-se um ícone sem precisar de palco — sua história fala por si, marcada pela habilidade rara e por valores que resistem ao tempo.
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